Cinco empresas ligadas ao programa StartUP Pará foram aprovadas na primeira etapa do Programa Sinergia da Jornada Amazônia, uma iniciativa nacional coordenada pela Fundação Certi. A aprovação dessas empresas mostra a importância do investimento do governo em ações de tecnologia e empreendedorismo.
O governo vem investindo em ações de tecnologia e empreendedorismo, e o resultado desses esforços é a aprovação de cinco negócios inovadores ligados ao Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá na primeira etapa do Sinergia da Jornada Amazônia, que busca conectar e dinamizar os ecossistemas de inovação da região, gerando valor econômico para a floresta, por meio do empreendedorismo inovador sustentável.
O programa StartUP Pará, que é executado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), tem como objetivo de identificar a vocação do ecossistema de empreendedorismo do Estado.
Além de promover um ambiente político, econômico e institucional favorável ao empreendedorismo inovador e estimular o surgimento de empresas com modelo de negócios inovadores. As principais ações do programa são o apoio financeiro, apoio qualitativo (capacitação tecnológica e fornecendo benefícios qualitativos) e o mapeamento do ecossistema de inovação de empresas.
Neste primeiro momento do StartUP Pará, as empresas estão recebendo capacitações e orientações. Após a avaliação final, as startups podem ser contempladas na modalidade de novos negócios com até R$ 80 mil e na modalidade aceleração com até R$ 200 mil.
A coordenadora do StartUp Pará, Maria Trindade, ressalta que o programa contribui com a inovação e transformação de conhecimento e ideias em negócio. ‘Dessa forma, essa iniciativa poderá resultar na manutenção e ampliação da participação no mercado de negócios inovadores ou de base tecnológica, na melhoria da qualidade de bens ou serviços. Além do aumento da capacidade produtiva no desenvolvimento econômico do estado, para gerar soluções que poderão impactar de forma positiva na qualidade de vida de todos os paraenses”, avalia.
A empresa BRFLOR, uma das cinco selecionadas, trabalha com o desenvolvimento de plataformas voltadas à otimização e gestão de empreendimentos de base florestal. Atualmente, possui um sistema de rastreabilidade de madeira, dividido em dois módulos: Floresta, para empresas que realizam o Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) em florestas sob concessão, e Indústria, como serrarias e unidades de beneficiamento da madeira.
A coordenadora do projeto da BRFLOR, Sabrina Freitas, ressalta que o StartUP Pará mostra o reconhecimento da tecnologia da empresa e ter passado no primeiro ciclo do Programa Sinergia da Jornada Amazônia só demonstra a relevância do manejo florestal. “O programa mostra o reconhecimento da nossa tecnologia, onde a aceleração catalisa o processo através do investimento e fazendo isso acontecer de forma mais rápida. Além disso, o sistema de rastreabilidade da madeira tropical da BRFLOR foi criado em função do cenário de demanda e necessidade de conservação das florestas e a agenda climática. Um sistema escalável que possa ser usado para rastrear a madeira e apoiar aqueles que fazem o combate ao desmatamento, a degradação de florestas e, consequentemente, reduzir as emissões de carbono”, comenta.
A empresa JAMBU SINIMBU, outra selecionada, surgiu da enorme demanda de pessoas de várias regiões pelo jambu, a planta amazônica conhecida pelo sabor e estímulos sensoriais. Como a planta in natura é muito perecível e volumosa, de difícil transporte, a empresa resolveu criar soluções e explorar os variados potenciais do Jambu. Após anos de pesquisas e apoios institucionais, a instituição conta com uma variada cartela de produtos: desde a cachaça de jambu com cumarú, molho de pimenta, conversas, entre outros. Através dos produtos que mesclam tradição, produção artesanal e sustentabilidade, a empresa consegue levar a experiência tipicamente amazônica do jambu para qualquer lugar.
Tatiana Sinimbu, proprietária da empresa, ressalta que o seu objetivo é levar a experiência do jambu para os quatro cantos do mundo, além de estar muito feliz de fazer parte do programa StartUp Pará.
“O trabalho da minha empresa é levar a experiência do jambu para os quatro cantos do mundo e fazer o mundo tremer. Eu estou adorando fazer parte do StartUp Pará, eles estão me dando a mão e ajudando nessa empreitada. Os professores que ministram as capacitações estão sempre dispostos para nos ajudar. Eu fico muito feliz que o governo tem o interesse de criar possibilidades para o empreendedorismo, isso me deixa muito feliz”, confirma.
Por Carol Menezes (SECOM)